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Ícones #4 – O Controlador

E deixamos o melhor para o final. Depois de falarmos dos líderes, dos defensores e dos agressores icônicos, chegamos agora os manipuladores, os planejadores, as mentes por trás de tudo: os controladores. E quais são as fontes de inspiração para quem quer jogar com esse papel? Na minha opinião, os caras abaixo:

batmanBatman

É isso mesmo, o morcegão. O objetivo dele ali no grupo é claro: usar suas técnicas para minar, atrapalhar, assustar e causar o inferno aos oponentes. O Batman sempre teve como imobilizar, desacordar, ferir, derrubar e outras técnicas, além de ser o maior detetive do mundo. Ou seja, uma mente brilhante, cheio de perícias, e dando condições negativas para todo mundo: um controlador.

E, apesar de cliché total, seu background e motivações funcionam perfeitamente numa mesa de RPG: o trauma e a vingança. Quantos aqui já não fizerem um personagem que queria vingar sua família? Além disso, ele toma o manto do anti-heroi algumas vezes, principalmente quando está do lado dos mega bonzinhos como o Super-homem: faz o que é preciso, desde que não viole o seu próprio código de honra.

Se você quer jogar com um personagem meio sombrio, que tem uma visão tática e deixa os oponentes sofrendo com suas habilidades rodada a rodada, pense no Batman como sua inspiração.

Professor Xavier

professorxNo outro universo de quadrinhos, outro controlador. O líder dos X-Men, o Professor X. Se o mago é o controlador do Player’s Handbook, quem não vê o Xavier e não pensa nele como uma espécie de mago? Capaz de usar seus poderes psíquicos para imobilizar, reter, desacordar, botar pra dormir ou mesmo causar danos psíquicos, além de ser a grande mente pensante por trás dos filhos do átomo, o professor é uma excelente escolha para se inspirar num controlador.

Bem diferente do Batman, suas motivações são de fé e esperança. Ele acredita que pode mudar as pessoas através do exemplo e de uma postura adequada. Ele aconselha e acompanha seus alunos, sendo um guia, amigo e, muitas vezes, até um terapeuta. Apesar das coisas ruins do mundo, ele continua firme. E tem, claro, um nêmesis, Magneto.

Se você prefere jogar com alguém mais esperançoso, que supera suas dificuldades diariamente, que parece guardar grande parte de seu poder, e que usa sua habilidade mental de maneira tática, pense no Professor Xavier como inspiração.

Space Ghost

Space Ghost

Sim, você leu direito. Para terminar essa série em grande estilo e no maior revival dos anos 80, nada menos que o mascarado espacial Space Ghost. Ele faz mais a linha dos controladores focados em dano, usando suas rajadas de força, seus escudos e campos de força de proteção, ficando invisível e usando seus inúmeros raios de poder. Tem uma lista dos poderes dele nesse FAQ. Ele é um um pouco líder e um pouco defender também, assim como vários outros controladores super-heróis, mas ele pode ser uma excelente fonte de inspiração menos tradicional para seu mago, druida ou invoker.

Space Ghost é paternal, preocupado, e meio despreocupado. Ele se arrisca, sendo bem diferente do Professor X e do Batman nesse aspecto. Seus planos são ousados, mas seu código de justiça é de deixar escoteiros sem graça. Além disso, seus inimigos são memoráveis, ridículos, e inspiradores: Zorak, Brak, Mettalus, a Viúva Negra, Moltar…

Se você quer jogar com um controlador que é corajoso, que se arrisca, que tem bordões cliché e vários tipos de raios para controlar seus inimigos, pense no Fantasma Mascarado como fonte de inspiração.

Outros

São inúmeros! Nos mocinhos, penso no J’onn J’onzz (ou Ajax, como era chamado no meu tempo o Caçador de Marte), no Homem Borracha, Senhor Destino e Doutor Estranho, Reed Richards, Raistlin, Presto, Soundwave e outros. Nos vilões, penso no Magneto, Saruman, Mum-Rá, e qualquer outro master-minder.

E vocês? Em quem vocês se inspiram para viver os controladores?

Por Daniel Anand

Daniel Anand, engenheiro, pai de gêmeas e velho da Internet. Seu primeiro de RPG foi o GURPS Módulo Básico, 3a edição, 1994. De lá para cá, jogou e mestrou um pouco de tudo, incluindo AD&D, Star Wars d6, Call of Chuthulu, Vampire, GURPS, Werewolf, DC Comics (MEGS), D&D 3-4-5e, d20 Modern, Star Wars d20, Marvel Superheroes, Dragonlance SAGA, Startrek, Alternity, Dread, Ars Magica, 13th Age e atualmente mestro Pathfinder 2E. @dsaraujo no twitter

7 respostas em “Ícones #4 – O Controlador”

Olá irmãos do RPG, sei que esse não é o Post específico sobre o qual vou falar, mas acho que isso nao vai influenciar o assunto, ou voces podem realocar o comentário?!

Bom, eu lembro do Anand comentando sobre o fato do D&D 4 edição possuir menos Roleplay e mais pancadaria. Creio que essa critica (pelo pouco que vi do players hand-book) é pelo fato do livro ter tanto feat, tanto tipo de habilidades especiais, e isso ocupar o espaço que antes era usado para falar mais sobre a raça, a história, a parte que importa para o roleplay. Mas talvez isso se deve ao fato que a quarta edição serve para aqueles que já possuem as edições anteriores. Pois pela experiência que tenho em RPG (não é muita, mas é antiga) é que o Role-play é a parte mais divertida e mais gostosa de jogar. Por mim poderia existir uma regra em que os jogadores poderiam decidir um combate como num desafio de perícia, jogando algumas rodadas de dado, o combate seria feito com base em alguma caracteristica somada dos playes versus os dos mostros.

Pra mim, esse negocio de estratégia de matar monstros é uma coisa chata e demorada. E encontrei por exemplo resistencia do mestre Davi (meu irmão tambem) em encontrar para os players uma outra saida para o desfecho de um combate. Acho que conseguir se safar de uma pancadaria através de sacadas ou artimanhas inteligentes é muito mais divertido do que ficar dando 30 de dano até o bixo tombar. Acho que esse sempre foi um diferencial do D&D, a complexidade dos combates, porem chega uma hora que perde a graça. Sou a favor da interpretação e da creatividade dos mestres no RPG, e contra esse negocio de que se seguir as regras dos livros ou plano de aventura o tempo todo.

Espero ter sido claro, apesar de não ser fanatico por RPG, mas gostar jogar uma vez ou outra.

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Olá!

Ótimo post! Me lembra uma vez que eu descrevia um controlador marcial, coisa que para alguns parece ser tão “dificil” de se entender.

Excelente post!

E agora, que tal partir para os “personagens Icones” de cada classe?

Acho que seria interessante!

Cya

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Queria saber se vocês estão afim de traduzir, junto comigo, a aventura The Ghost of Harrow Hill, do First Quest. Sendo mais de uma pessoa, o trabalho de tradução e adaptação acaba sendo mais rápido.
Qualquer coisa, dêem uma passada pelo meu blog que eu leio os comentários. Já tenho o arquivo em pdf, caso se interessem.

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