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Resenha

Martial Power

Em mais uma resenha, vamos falar do recém lançamento da Wizards, o Martial Power. Eu mal tenho ele em mãos, e ainda não li o bicho a fundo, mas ainda assim, posso colaborar com meus dois centavos.

O livro é capa dura, como todos os outros suplementos da 4ª edição, com 159 páginas. Ou seja, do mesmo tamanho do Player’s Guide de Forgotten, um pouco pequeno. As ilustrações seguem o padrão, nada de novo nessa área. A idéia do livro é dar novas opções, builds, poderes e feats para as classes marciais: Fighters, Warlords, Rangers e Rogues.

Os builds novos para os Guerreiros e Patrulheiros são fantásticos. Os Fighters ganham a opção de lutar com duas armas (Tempest) e de ser meio bárbaro, ganhando HPs temporários (Battlerager). Os Rangers agora tem o build de Battlemasters, e viram os Hunters de World of Warcraft. E isso não é uma crítica!

Existem vários animais para escolher, o que dá uma caracterização bem interessante para o Ranger. E os animais vem em blocos por tipo, sem detalhar. Por exemplo, uma das opções é Felino, que pode ser um leão, pantera, tigre, ou mesmo um animal novo, usando as mesmas estatísticas. Vários dos golpes novos do livro são para esses builds novos.

Os Rogues e os Warlords também ganham novas opções, mas que não são tão legais assim. Dá para especializar seu Rogue em maças e similares, e ele vira meio controller, dando penalidades para os oponentes. Os Warlords tem builds novas, mas nada revolucionário. O legal é que essas duas classes tem inúmeras opções de poderes, feats e paragon paths compatíveis com os builds do Player’s Handbook, coisa que o Fighter e o Ranger têm menos.

Apareceram vários poderes e feats que te dão um belo boost, mas te dão alguma penalidade, geralmente sendo dar Combat Advantage ao(s) oponente(s). Também aparecem mais poderes que dependem de armas específicas, como maças e polearms, que dependem de treinamento em perícias específicas (como Intimidate, Endurance, Acrobatics), ou o uso de escudo.

Cada classe ganha doze paragons paths cada, sendo que algumas são meio genéricas, então é coisa pacas. Algumas opções, no entanto, são para raças de Forgotten Realms (Genasi e Drow), o que pode limitar sua lista um pouco.

O livro tem muitos feats novos, e deixa a seleção de feats das classes marciais bem completa mesmo. Também tem opções novas de multiclass. Agora você pode fazer um multiclass para Fighter ganhando a opção de fazer Combat Challenge uma vez por encontro, ao invés daquele +1 idiota do multi-class do Player’s Handbook.

O livro também tem dez Epic Destinies novos, mas ainda não olhei esses caras com calma.

Contras

  • Munição para os munchkins! Nada muito quebrado, mas espere os power gamers gastarem um tutano.
  • Zero de fluff. Ao contrário do Complete Warrior, ou do Fighter’s Handbook, que vinham com a descrição de organizações marciais e coisas assim, o Martial Power é só crunch.
  • Nada de muito novo para o Rogue e para o Warlord

Prós

  • Definitivamente melhor, em termos de opções para personagens, que o Complete Warrior e o Sword & Fist.
  • Várias colunas laterais e caixas de texto com dicas para colocar sabor e customizações em seus poderes e habilidades.
  • Companheiros animais para Ranger são muito legais.
  • Muitas opções para Fighters. Se essa é a sua classe, esse livro é obrigatório.

Outras Resenhas

Eu curti pacas, embora tenha ficado mais feliz ainda com o Draconomicon novo (que ainda vai ganhar uma resenha). E vocês, o que acharam desse livro?

Por Daniel Anand

Daniel Anand, engenheiro, pai de gêmeas e velho da Internet. Seu primeiro de RPG foi o GURPS Módulo Básico, 3a edição, 1994. De lá para cá, jogou e mestrou um pouco de tudo, incluindo AD&D, Star Wars d6, Call of Chuthulu, Vampire, GURPS, Werewolf, DC Comics (MEGS), D&D 3-4-5e, d20 Modern, Star Wars d20, Marvel Superheroes, Dragonlance SAGA, Startrek, Alternity, Dread, Ars Magica, 13th Age e atualmente mestro Pathfinder 2E. @dsaraujo no twitter

11 respostas em “Martial Power”

Realmente é um excelente livro… tenho que conseguir uma versão para mim…. mas com o dolar do jeito que está e com os problemas aqui na cidade… irei demorar UM POUCO até conseguir.

Mas uma coisa eu tenho certeza, o que se precisa em D&D agora é “opções” e se esse livro tem opções, então D&D está um passo melhor!

Quanto aos Rangers eu acho que o WoW copiou o Driizt ! AHAHA
Na verdade nunca joguei WOW.

Mas não seja mal, o livro tem 0,1 de Fluff.
algumas barrinhas laterais dão pequenas dicas sobre Eladrins guerreiros e suas preferencias, etc.
Alem de uns contículos. Nada mto aprofundado… mas tem uma pinceladinha de fluff. Bem pequena.

ehehe

No mais é um livro muito bom ! Gostei.
Só achei que faltaram equipamentos para Marciais.

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Eu achei o livro bem fodinha. Adorei mesmo ver a enxurrada de novas opçòes para as classes marciais e suas paragon paths. Claro, sempre é uma pena haver tão pouco fluff, mas deu pra ver como o fluff economizado resultou em ainda mais opções e mais coerentes e bem distribuidas pelo livro.

Aliás, por conta desse livro eu e outro membro do fóum da Spell planejamos montar uma mesa online de D&D 4E em nível 11 com temática de classes marciais. Já tem um ladino metido a swashbuckler e um warlord bravura presence. Precisamos de mais alguns jogadores e de um mestre. Alguém topa por em prática o conteúdo do Martial PowerXD?

Po..uma das coisas que mais gostei na 4e foi que o “zoológico” foi banido. Achei que estivesse livre dos familiares e animal companions que tanto me atormentavam no passado…Mas acredito que dar a opção de ter um ranger com animal companion é uma boa sacada para as pessoas que sentiram a falta dos bixinhos peludinhos e fofos matadores de orcs.
Tenho certeza que algum jogador do meu grupo vai querer fazer um ranger com pet, só pq sabe que eu odeio Pets….

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Eu achei bem legal o livro, com tulhões de opções. Finalmente poderemos ter rangers e animais de um modo muito mais legal que o da 3ª edição. (bem lembrado do Drizzt). Sobre os epic destinies que não foi falado, alguns ficaram muito loucos e outros mais ou menos “sem sal”. Achei muito doido o Godslayer e o warlord do meu grupo adorou o Legendary General. to ansioso pelo divine e arcane powers =D

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Não conheço muito bem as opções do Iron Might (já li, mas nunca usei na prática), mas acredito que em termos de opções para personagens o Martial Power seja superior, por uma simples questão numérica (tem mais opções).

Se o Martial Power tivesse uma planilha com todos os poderes por classe, para você poder escolher ou só interrupts, ou só poderes contra Will, etc, aí seria vitória com gol de placa.

Em relação à qualidade versus quantidade, lembro que o sabor das manobras do Iron Might é bem semelhante ao sabor dos poderes da 4ª edição (ser o mesmo autor, Mike Mearls, ajudou!), embora no D&D as coisas são mais fantásticas, e no primeiro, mais pé no chão. Então não muda muita esse critério.

Gostaria de comentar uma regra que não gostei no Martial Power, mas antes faço a observação que com este livro nenhum jogador utilizará os Powers do livro básico, pois são visivelmente mais fracos que os do novo livro.

Minha reclamação é com relação ao Class Feature do Fighter, Battlerage Vigor. As regras dizem que sempre que você levar dano por melee ou close atk, você ganha HP temporário igual ao seu modificador de CON, após a contagem do dano. Então, se você está lutando contra outro inimigo no melee é como se você tivesse uma redução de dano igual ao seu mod de CON. Isso é completamente overpower, perdendo totalmente o equilíbrio do jogo, uma das maiores vantagens da 4ª Edição. E nem vou comentar os outros bônus que Battlerage Vigor fornece além do já mencionado.

Oi Carlos!

Eu tenho que discordar em relação à deixar poderes do PHB de lado. Tenho personagens Rogue e Fighter e ainda mantenho poderes do básico. Alguns poderes são mais situacionais (e não mais fracos), e é assim mesmo.

O Battlerage Vigor parece forte mesmo. Mas você já usou ele em sua mesa? Porque os hps temporários não funcionam como redução de dano, porque não contam, por exemplo, para manter o fighter de pé: se sobrarem só temporários, ele cai. Além disso, ele apanha melhor, mas bate menos, sem o Weapon Superiority.

E por fim, qualquer ranged ignora completamente o class feature, o que é bastante razoável. Minhas impressões, não tivemos nenhum Battlerage Vigor fighter ainda.

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