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Reporte de Campanha: Escamas Púrpuras Sessão 5

E no meio da Páscoa, nossos aventureiros voltaram a explorar as Thunderspire Mountains. Exilados de Cormyr, eles começam a descobrir que embaixo das montanhas existe uma sociedade completa (e complexa). Esse reporte contém spoilers da aventura H2 – Thunderspire Labyrinth.

Seven-Pillared Hall

O que é um reporte de campanha? É um post onde descrevo sucintamente os acontecimentos da última sessão, comentando os encontros e desencontros do grupo. Nossa aventura é em Forgotten Realms, usando o sistema do D&D 4ª edição. O nosso grupo acabou de passar para o nível 5 (nem todo mundo), e estamos na região oeste de Cormyr, nas montanhas.

A missão

O grupo terminou de vencer os Bloodreavers, um grupo de hobgoblins escravocratas que atuavam nos subterrâneos, e começaram a procurar outros trabalhos entre as organizações locais. Resolveram ir atrás de um grupo de Gnolls, cultistas de um demônio.

O grupo

Nessa sessão, tivemos o grupo completo:

  • Amos, anão fighter (Battlerage Vigor) de nível 5;
  • Calixto, eladrin warlord (Tactical Presence) de nível 5;
  • Calima, eladrin barda (Virtue of Cunning) de nível 4;
  • Laradorien, elfa druida (Primal Predator) de nível 4;
  • Wren, bugbear rogue (Brutal Scoundrel) de nível 5;

Os encontros

  1. Chamber of EyesNa câmara dos olhos, sob o olhar de uma estátua do Exarch Torog, o grupo luta contra o warcaster dos Bloodreavers, (já que o líder Krand já fora vencido) junto com arqueiros hobgoblins e um Dire Wolf. Cheios de pontos de ação e poderes diários, os oponentes não tiveram a menor chance. O grupo descobre um recibo dos Duegar, que compraram 1.000 p.o. em escravos dos hobgoblins. O halfling Rendil Halfmoon, salvo pelo grupo na última sessão, guia o grupo de volta ao Seven-Pillared Hall;
  2. O grupo conhece a cidadela subterrânea de Seven-Pillared Hall (Salão dos Sete Pilares). A cidade é controlada pelos magos de Saruum, rivais dos War Wizards de Comyr. Eles ficam na taverna da tia de Rendil, Hera Halfmoon, e aproveitam para conhecer os vários comerciantes e figuras importantes da cidade. Vão investigar os Duegar do clã Grimmerzhul, mas ao invés de confrontá-los, são contratados: eles irão atrás de Gnoll cultistas;
  3. Na saída da cidadela, são contactados por Charrak, o Kobold, que entrega uma mensagem. Obviamente uma armadilha, o grupo encontra e enfrenta Tieflings (e um construto do tipo Bronze Warden) que trabalham para uma pessoa chamada Paldemar, que quer o grupo de heróis mortos;
  4. Entrando no território Gnoll, atrás de Maldrik Scarmaker, líder das criaturas-hienas, o grupo se vê cercado de Chokers, e um Phalagar, uma criatura de tentáculos cheios de dentes. Após uma luta suada e ferrenha, os oponentes são vencidos. Aparentemente essa cidadela de Gnolls é chamada Well of Demons (Poço dos Demônios), e tem vários testes, e faz referências à Baphomet, e a quatro itens: uma máscara, um sino, uma espada e um tomo.

Minhas observações

  • PhalagarNessa sessão a galera estava mais dispersa, mas ainda assim rendemos bem. Os combates tem sido mais rápidos, apesar do combate contra os tieflings ter demorado mais do que eu esperava. Na luta contra o Phalagar, a galera passou medo, e isso é sempre divertido (pelo menos para o DM!);
  • A barda mostrou-se muito útil na luta contra os Chokers e o Phalagar, já que dar slide para longe do alcance das criaturas implica em se soltar automaticamente de grab (agarrar), principal poder dessas criaturas;
  • Foi legal descrever a Seven-Pillared Hall, e seus habitantes. Com tempo, espero que os PdJs se sintam “em casa” por alí, se não fizerem muitos inimigos;
  • O Moicano agora não só faz as descrições dos ataques do seu anão, mas descreve os ataques especiais do grupo inteiro! 🙂
  • Agora que a druida não pode mais voar nem shiftar toda hora (lemos direito o Polymorph), parece que a coisa balanceou mais pro lado dela. Por exemplo, as pedras gigantes do encontro 3 foram de fato um obstáculo.
  • Preciso relacionar mais os backgrounds dos personagens à história, esse problema aparece mais pelo fato de estar usando uma aventura pronta. Enquanto eu estiver com três campanhas em paralelo (essa, mais a Luz nas Sombras via FG2 e a recente 13 Tribos de Xen’drik) não vou ter muito tempo de preparação.

No mais, mais uma sessão divertida, regada a muito chocolate de Páscoa. O grupo está chegando no nível 5, então agoram começam a aparecer bastante dailies novas!

Por Daniel Anand

Daniel Anand, engenheiro, pai de gêmeas e velho da Internet. Seu primeiro de RPG foi o GURPS Módulo Básico, 3a edição, 1994. De lá para cá, jogou e mestrou um pouco de tudo, incluindo AD&D, Star Wars d6, Call of Chuthulu, Vampire, GURPS, Werewolf, DC Comics (MEGS), D&D 3-4-5e, d20 Modern, Star Wars d20, Marvel Superheroes, Dragonlance SAGA, Startrek, Alternity, Dread, Ars Magica, 13th Age e atualmente mestro Pathfinder 2E. @dsaraujo no twitter

46 respostas em “Reporte de Campanha: Escamas Púrpuras Sessão 5”

Caraca to adorando os posts de sua campanha, e me da alguns inspirações para como fazer as minhas. Bem sem querer exigir de mais, poderia descrever se possivel algumas cenas (as melhores) um pouco mais com detalhes, tem hora que minha imaginação não funciona.

Obs.: vc disse que leram direito o negocio ai do druida não entendi, poderia explicar direitinho. Pois o que eu tava usando é que a qualquer momento na rodada dela logico um pj que esteja jogando com um druida poderia assumir uma forma animal.

desde já agradeço.

É que antigamente achavamos que o druida podia dar um shift sempre que se transformava, tanto de humano para animal, quanto o inverso. Mas ele só pode fazer esse movimento de animal pra humano.

É. Além disso, a druida virava uma águia e saia voando, mas a gente leu que você não ganha outras formas de movimento com o Polymorph simples (embora tem alguns Utilities que fazem isso, momentaneamente). Portanto, mesmo que vire um animal que voa, cave ou nade, não ganha essa forma de movimento.

Ou você acha que é fácil sair voando por aí? 😉 Demora pra aprender!

Mecanicamente faz sentido. Mas se for parar pra pensar, é algo um tanto idiota adotar a forma de outra criatura e não usar aspectos fundamentais dela, como virar um peixão e não respirar debaixo d´água.

Apesar que numa segunda olhada no livro, a descrição diz que você assume o aspecto da criatura, não que se assume sua forma exata. Tudo em nome do equilíbrio…

Ao meu ver, é algo meio besta dar uma habilidade que tem pouco efeitos práticos.

Poucos efeitos? Qualquer charge dá combat advantage com os at-will do druida em forma animal! 🙂

Se bem que com as regras da 4e dá pra ficar tanto tempo de baixo dágua que deixar um druida em forma de peixe-boi respirar não seria um problema. Já voar complica, porque ignora muito dos fundamentos táticos da última edição, como armadilhas, terrenos difícieis, etc.

Longe de mim criticar as mecânicas de combate. Nesse ponto ficou bem legal e funcional o lance da metamorfose.

Só questionei aquela velha história dos poderes de polimorfe que você vira a criatura mas não pode voar, respirar embaixo d´água ou enxergar melhor com pouca luz (a exemplo de raças que permitem virar outros humanoides).

Mas como disse antes, a chave da questão é que você assume a aparência, e não a forma exata.

Talvez o que falta são mais feats ou utilities que permitam ganhar alguns poderes menores (at will?) das formas.

E só um detalhe: peixe-boi é mamífero. Ele não respira de baixo d´água mesmo B)

Quem precisa de dignidade quando se tem uma armadura +2 que serve como arma +2 também?

esqueci de um negocio esse salão dos sete pilares é uma criação sua ou existe mesmo em FR, poderia me diser onde arrumo mais detalhes sobre ele.

obrigado novamente.

Destaque para o "humano meio-halfling", dono da loja de mantimentos, que obviamente é filho do padeiro hahaha.

Ei ei Anand! Você esqueceu de mencionar que em breve vai cancelar todas as suas outrascampanhas para se decidar à sua favorita, a dos Purple Scales claro! 😀

Quanto tempo tem demorado seus combates e a sessão como um todo?

Eu achei que para livrar de um Grab só se o Monstro ou um PJ sofresse um movimento forçado (Pull, Push, Slide) e não apenas dar um shift.

No mais tá bem bacana. Meu grupo sofreu um TPK no nivel 5 mas hoje voltaremos ao jogo. Novos personagens e jogadores com sangue nós zóio, to ferrado ! AHAHA

Essa sessão começou (de fato) às oito, terminando umas onze e meia. Os combates demoram de 30 a 60 minutos cada.

Em relação ao Grab, você está certo, mas é que a barda dava Slide, e não shift, já consertei o post. Quando alguém está grabbed, está Immobilized, e não pode se mover (nem com shift), só atraves de movimentos forçados mesmo.

Mas se o movimento forçado ainda te deixar no alcance do monstro, você continua grabbed (o Phalagar tinha Reach 4, e threatening!!)

E como tu descrevia essa habilidade da barbda de tirar os aliados dos "braços do inimigo"?

Puramente motivacional, já que esse é o poder do bardo, mas ele tem origem arcana também, então explicações magicas também funcionam. Não lembro o que foi que usamos na sessão.

Um simples "Vamos fulano, saia daí! Você consegue, vamos", já explica tudo.

Vários poderes são decritos como ataques de Force brutos mesmo, empurrando e puxando as vítimas (pelo menos no livro). Também existem os poderes de auto-ajuda, mas os melhores desses aparecem mais tarde e geralmente se manifestam como uma zona de música/canto que a Barda pode manter com sustain (e são todos MUITO bons).

Sim, o Bardo permite movimento forçado. Bardo dá Slide, não shift, com a class feature do Virtue of Cunning (por isso o Anand falar que a Barda foi tão útil). Tanto que o Opening Shove da Warlord ficou quase inutilizado, afinal, tava todo mundo grabbed/immobilized boa parte desse combate, então não rolava dar shifts pra galera.

Os mapas desenháveis de vinix ajudam a fazer mais facil e rapidamente os mapas dos encontros do que de outras maneiras?

Ah, eu queria ver portraits/imagensalgumas descrições de como são os personagens e seus equipamentosXD

Youkai X… conheço esse nick lá da Spell… ^^
Então os combates duram de 30 a 60 minutos? Isso apenas comprova algo que eu já vinha sentindo: na 4ª edição, temos menos "encontros aleatórios", e mais encontros importantes, mesmo. 😛

Pretendo migrar minha campanha para a 4ª edição, assim que o grupo terminar o primeiro arco dela (ambientada no Unapprocheable East de Faerûn).

Yuri, você seria Khelben lá da Spell?

se for, bom revê-lo. E se não for, prazer em conhecê-lo XD

Gente, onde eu acho essa aventura pronta pra download?
Ela por acaso vem com um mapa de uma cidade subterranea??? To precisando de uma coisa dessas pra minha proxima sessão :/

Thuderspire Labyrinth é uma aventura pronta publicada pela Wizards. E com a recente política de veto da venda de pdf, você não conseguirá baixá-la de maneira legal.

Minha campanha recentemente saiu de Thunderspire e começamos o H3 – Pyramid of Shadows. Devo dizer que thunderspire é facinante…eu senti que mesmo o grupo saindo da montanha, ainda há muito potencial a ser explorado nos labirintos. O lugar é como uma tela branca onde os mestres podem pintar centenas de sub-plots para engajar os jogadores de todas as formas. Apesar de estar curtindo bastante a Pirâmide das Sombras…não vejo a hora do grupo revisitar thunderspire num futuro próximo.
Só pra constar..o meu grupo matou o Brugg e deu uma confusão federal.

Ei ei Anand! Você esqueceu de mencionar o meu crítico de 52 pontos de dano! O inimigo morreu tão morrido que nem lembro o que ele era mais! 😀

Foi um dos Chokers. O seu personagem está muito roubado em termos de damage output. Se não fosse o fato dele ser de papel e cair com dois tapões, ia ser nerfado! 🙂

Haha! Roubado nada! Estou completamente "by the book"! E se o livro diz que pode….. o livro é deus! "All hail the mighty book" é o seu lema afinal (ou algo assim ). 😀

Brincadeiras à parte, tenho que fazer dano, afinal sou o único striker do grupo! E me tira outra dúvida, quemané diabos é "PJ" que eu leio em alguns tópicos aqui. Deve ser alguma "tradução além do alcance" que esta… bem…. fora do meu alcance!

Haha! Roubado nada! Estou completamente "by the book"! E se o livro diz que pode….. o livro é deus! "All hail the mighty book" é o seu lema afinal (ou algo assim ). 😀

Brincadeiras à parte, tenho que fazer dano, afinal sou o único striker do grupo! E me tira outra dúvida, que mané diabos é "PJ" que eu leio em alguns tópicos aqui. Deve ser alguma "tradução além do alcance" que esta… bem…. fora do meu alcance!

Bugbear Rogue, Brutal Scoundrel. Atualmente com STR 17, DEX 21. O crítico em questão foi num daily de 3[W] damage usando ainda o poder encounter racial do Bugbear (Predatory Eye) junto e com um bonus da arma que não me lembro o nome agora, acho que é Bloodclaw.

Então foi O crítico, não UM crítico hehe…

É muito frustrante errar o poder daily. Mas não existem palavras para descrever a emoção de quando sai crítico!

Ainda sonho com o dia que vou rolar 20 com o Martyr’s Retribution do meu paladino (4W + str), principalmente porque até agora esse bendito ataque só entrou uma vez.

Mas foi num crítico. Às vezes aparecem uns monstros brutos que fazem danos massivos nos críticos também, faz parte. PdJ é Personagem do Jogador, igual PC é Player Character. Adivinha o que é um PdM? 😉

E ainda podia ser um crit melhor, se vc nao tivesse tirado 1 no d6 de dano extra… E imagina quando vc fizer adaga ser High Crit?

E aliás, essa foi a sessão dos crits, né? Vc fez uns 3, e até eu fiz crit com Daily (com o Lead the Attack, que eu sempre erro).

Uau, mais um fantástico capítulo das "Crônicas das Escamas Púrpuras"! Bom ver também que todos os jogadores puderam comparecer a sessão. Por acaso já lhes ocorreu a idéia de gravar suas mesas e depois disponibilizá-las na forma de uma série de podcast especial? Algo nos mesmos moldes do podcast de PvP/D&D no site oficial da Wizards!

Acho que gravar as nossas sessões não seria uma idéia muito boa….

O resultado ia ser um vídeo "XXX rated" com tanta bestaira e coisas não relacionadas ao jogo que ia assustar os jogadores normais de RPG que ouvissem.

Se bem que não existem jogadores nrmais de RPG hehe…

o engraçado é existir um recibo de compra de escravos!

e o slide solta os personagens do grab? Putz, acho q jogamos errado no D&D Day; o monstro deu grab no paladino aí fui usar o poder do bardo pra dar slide, o mestre não deixou ele se soltar.
: (

Pois é, meu grupo do D&D Game Day também sofreu com isso. Sorte que quem sofreu mais foi o bárbaro, não o meu paladino 🙂

Eu até lembrava que libertava sim, mas como ficamos na dúvida, e como ninguém estava com o PHB, acabamos ficando por isso mesmo.

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