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Reporte de Campanha – O Legado Perdido

Olá Jogadores e DMs!

Recentemente eu iniciei uma nova campanha de 13th Age, depois de meses de preparação, leitura e, o mais difícil, achar jogadores aqui onde eu moro. Eu tinha três objetivos com essa campanha: (1) ser acessível, no sentido de suportar bem quando as pessoas não puderem jogar ou estiverem fora; (2) ser divertida, orientada aos jogadores, e (3) ser sandbox.

Para comportar o número 1, eu decidi fazer a campanha um híbrido de campanha on-line com campanha presencial: a gente joga quinzenalmente pelo roll20.net, e se encontra umas duas vezes por trimestre para sessões presenciais.

Pra fazer a campanha orientada aos jogadores, gastei um tempo extra na preparação dos personagens, e perguntei explicitamente o que os jogadores gostariam de ver na campanha. Também deixei claro que é uma campanha flexível em horário, mas que requer um comprometimento mínimo (avisar se não poder jogar com antecedência, deixar a ficha arrumada, etc). O fato da campanha ser sandbox é uma mistura do objetivo número 2 e do 13th Age ser bem sandbox por padrão.

Esses foram alguns livros que eu li para me preparar:

Os jogadores fizeram seus personagens, e eu colaborei propondo icon relationships e desenvolvendo as “One Unique Thing”s. Também pedi sugestões de coisas que os jogadores gostariam de ver, e coisas nessa linha apareceram:

  • Epic Sea Monster Battles
  • Loot
    • High risk, high reward
    • Shinny and glowing stuff
    • Interesting Potions
  • Living Dungeons
  • Underdark
    • Rats
  • Underwater adventure
  • Sailing boat HQ
  • Diabolist
    • Investigate / Negotiating with Demons
  • Collecting archaeological items
    • Hidden places
    • Unexplored places

Também decidimos que o nome da campanha seria O Legado Perdido (The Lost Legacy), e pedi aos jogadores sugestões de porque esse seria o nome da campanha. Eles me deram várias idéias!

No final da nossa primeira sessão, que seria somente para fazer ficha e finalizar os personagens, eu preparei uma cena “Flashforward”, vislumbrando o final da campanha:

No meio do Mar do Ferro, uma grande caravela corta as correntes e ondas altas em uma densa e forte chuva. Os relâmpagos piscam silhuetas de criaturas gigantes por todo os lados, enquanto tentáculos, barbatanas e chifres são vislumbrados brevemente na água. Por algum motivo, as criaturas ficam fora do caminho.

Dentro do navio, a tripulação manobra constantemente as velas. O capitão, um velho de cabelos vermelhos com uma barba longa, continua a gritar por instruções para Tarak, uma musculosa meio-orc na parte frontal do navio. De tempos em tempos, ela aponta com um de seus martelos de batalha e grita: “Proa, 30 graus … Agora!”

Um par de Elfos Negros se entreolham na popa. Apesar de suas diferenças, Driz e Wyn lutaram várias batalhas, e esperam ansiosamente seu destino, por razões muito diferentes. Quando outro relâmpago ilumina o Mar de Ferro, eles vêem seu destino: um longo pináculo de pedra. Além disso, uma criatura indescritível bestial torce seus tentáculos ameaçadores ao redor.

Em cima do bauprés, Durbal o gnomo está particularmente intrigado com as esculturas em espiral na antiga porta na base do pináculo. Ele reconhece a chave, a mesma chave usada para desbloquear as antigas portas da forja escura. Ele grita para Laberon, o humano que está mal em pé devido a seus ferimentos. “A pedra!”, gritou Durbal, “a pedra é a chave!”

A tripulação se prepara para lutar e jogar a âncora, enquanto Tarak, Driz, Wyn, Durbal e Laberon saltam em um barco lateral, para aproximar-se do pináculo. Eles tentam manter os espíritos altos sob a chuva gelada lembrando quando tudo começou há tantos meses atrás, na cidade de Axis e como a vida mudou tão rapidamente. Aquela primeira briga de taberna parece tão distante agora. Eles saíram na base do pináculo, e a criatura em cima disso parece evitar Laberon a todo custo. O grupo permanece junto e o humano empurra a pedra no meio da espiral esculpida. A porta se abre lentamente e de forma constante, mostrando um caminho sombrio para o interior. O grupo respira profundamente e se move em direção a sua batalha final…

Duas semanas depois, tivemos nossa primeira sessão, via roll20.net, onde começamos nossa campanha na briga da taverna citada, logo após o grupo retornar dos esgotos onde eles lutaram com terríveis ratos e wererats por uma recompensa do tesouro imperial

Eles são alcançados por Illara, uma enviada do Arquimago, que oferece a Tarak um óleo mágico e um chapéu mágico. Ela também explica que o Archmage está interessado em uma chave sendo guardada no Mosteiro do Céu Poente. Ela também diz que Yannos, ex-guia, pode ajudá-los a chegar ao local. Um anão consular (Tordek) da cidade de Anvil oferece a Durbal duas runas (uma armadura e uma arma), mas pede um relatório de itens mágicos do mosteiro.

Briga de taberna! Laberon tira os guarda da lutas, o que permite que o grupo passe somente uma noite na prisão da cidade (não é a primeira vez). O grupo recebe um mapa detalhado de Yannos e compre equipamentos para escalar / cordas.

O grupo subiu com sucesso a montanha no caminho para o mosteiro, e depois cruza uma ponte sobre as aberturas de magma com algumas pequenas queimaduras. Depois encontram um portal onde os paladinos do Cruzado foram vistos. A sombra de Driz entra no portal e retorna com algumas flechas mágicas. O portal é deixado para trás.

O mosteiro está sob cerco por goblins e trolls. Laberon encanta o xamã goblin liderando os ataques, enviando os trolls para longe, e o grupo luta contra os goblins. Eles encontraram Thrug, o guardião da Chave, e entraram na fortificação, que é atacada pelas pedras do Trolls novamente. A chave é na verdade uma garota de onze anos, Joanna.

Estamos nos divertindo pacas. Espero que vocês curtam esses reportes! Depois vou escrever sobre como estou lidando com os Icon Relationships, e as cartas de monstros que estou criando para a aventura. Segue um preview aí do lado.

Até! Rolem 20!

Por Daniel Anand

Daniel Anand, engenheiro, pai de gêmeas e velho da Internet. Seu primeiro de RPG foi o GURPS Módulo Básico, 3a edição, 1994. De lá para cá, jogou e mestrou um pouco de tudo, incluindo AD&D, Star Wars d6, Call of Chuthulu, Vampire, GURPS, Werewolf, DC Comics (MEGS), D&D 3-4-5e, d20 Modern, Star Wars d20, Marvel Superheroes, Dragonlance SAGA, Startrek, Alternity, Dread, Ars Magica, 13th Age e atualmente mestro Pathfinder 2E. @dsaraujo no twitter

2 respostas em “Reporte de Campanha – O Legado Perdido”

Daniel, muito bacana seu report. Eu, como um aspirante a mestre, gosto muito de consumir conteúdo relacionado. Aqui na minha cidade não está facil de achar grupo, e também tempo para planejar uma campanha. Deixo aqui meu elogio pelo seu empenho, com tanta leitura e dedicação, com certeza essa deve ser (ou ter sido) uma baita campanha.

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