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A Dungeon Abstrata

Como um fã de Dungeons and Dragons, eu adoro uma exploração de masmorra. Mas às vezes você não quer quebrar o fluxo da sua campanha com três sessões detalhando minuciosamente aqueles múltiplos andares de subterrâneo, nem quer simplesmente pular uma dungeon antes daquele chefão massa que você preparou. É nessa hora que entra a Dungeon Abstrata, que nada mais é do que um Skill Challenge para descrever o sucesso dos seus PCs para atravessar a masmorra.

Para a minha última, eu usei as regras de pontos de vitória do Gamemastery Guide do Pathfinder 2nd Edition, mas você pode facilmente adaptar o conceito para qualquer outro sistema D&D-like.

O grupo precisa acumular pontos de Masmorra igual ao dobro do número dos personagens para encontrar o final da dungeon (que pode ser um chefão, um artefato, ou o colega capturado). Quando acumularem o número de personagens em pontos, eles vão para o segundo nível da Dungeon, ainda mais perigosa, aumentando os DC em 1 e dando um Hero Point para todos (ou inspiração, fate point, etc).

Para passar por um obstáculo, metade do grupo precisa ser bem sucedido no teste de perícia listado. Personagens podem decidir por tentar rolar ou ajudar os colegas. Uma falha crítica cancela um sucesso de um colega, e um sucesso crítico conta com um sucesso por um colega.

Eu decidi dar as opções de obstáculos dentro da Dungeon com as dificuldades e consequências adiantadas para os jogadores, e eles escolheram a ordem dos eventos. Os personagens, claro, não saberiam dos detalhes, mas para dar um pouco mais de verisimilitude, eu fiz com que eles achassem um mapa antigo do lugar com notas de um saqueador:

Os obstáculos

Segue abaixo uma lista dos obstáculos que preparei. É bacana ter opções que sejam compatíveis com todos os tipos diferentes de personagens, e ter consequências (positivas e/ou negativas) interessantes. Depois do nome do obstáculo, segue a lista de perícias ou habilidades que permitem vencer o obstáculo (o DM pode aceitar outras possibilidades, claro), e qualquer consequência.

  • Armadilhas de Lâminas. Acrobatics (DC 31), Reflexos (DC 33), Thievery (DC 31). Uma falha também deixa o PC Wounded:1. Uma falha crítica deixa o PC Wounded:2.
  • Símbolos de Morte. Arcana (DC 31), Occultism (DC 33), Religion (DC 31). Uma falha crítica deixa o alvo Doomed:1.
  • Bando de Trogloditas. Attack (DC 33), Spell slot 4+, Athletics (DC 33), Intimidation (DC 31).
  • Grupo de demônios. Occultism (DC 33), Religion (DC 31), Diplomacy (DC 31). Acesso a Cold Iron dá +1 nos testes.
  • Pit Fiend brigando com outros demônios. Stealth (DC 31), Deception (DC 31). Falhas críticas dão drained:1 por causa do veneno do Pit Fiend.
  • Portas trancadas com sala que começa a espremer. Thievery (DC 31), Athtletics (DC 33). Sucessos críticos levam o PC a encontrar um tesouro.
  • Ninho de Aranhas Gigantes. Area of Attack ou Splash damage (DC 31), Nature (DC 31), Medicine (DC 31). Sucesso crítico leval o PC a encontrar um tesouro num casulo.
  • Polymorph Trap. Will (DC 32), Dispel Magic, Thievery (DC 34). Uma falha crítica deixa o PC permanentemente transformado num macaco Puggi.
  • Planar Rift (Abyss). Thievery (DC 33, Master), Dispel Magic (7th, DC 31), Reflex DC 33. Uma falha crítica deixa o PC preso no Abismo permanentemente.
  • Espíritos Orcs. Occultism (DC 31), Religion (DC 31), Intimidate (DC 33). Possuir sangue orc dá +1 no teste. Falhas críticas deixam o alvo stupefied:1.

Desse jeito você consegue ter uma travessia completa de masmorra em menos de uma hora de jogo, dando a impressão dentro do jogo que os PCs sofreram para chegar no final, e não só algo que acontece sem consequências.

Que acham? Deixe seu comentário! E até a próxima!

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Podcast Rolando 20 – Episódio 88 – Dungeons Clássicas

Tales of the Yawning Portal é o próximo lançamento da Wizards of the Coast, trazendo para a 5a. edição do D&D as dungeons mais clássicas do RPG mais famoso do mundo, passando pelas várias décadas de masmorras. Acompanhem Daniel Anand & Gustavo Sembiano comentando sobre cada uma das selecionadas para fazer parte desse suplemento.

Esse também é o primeiro episódio editado pelo Daniel Figueroa, que vai fazer a edição daqui pra frente. Infelizmente a receita do Patreon (obrigado Patronos!) não consegue bancar a edição profissional ainda, chegaremos lá. Mande o Rolando 20 para o seu amigo!

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Podcast Rolando 20 – Episódio 52 – Tumba dos Horrores

Episodio-52Olá Jogadores e DMs,

Hoje vamos falar de uma das masmorras mais temidas por aventureiros de todos os tempos: A Tumba dos Horrores! Acompanhe Daniel Anand & Davi Salles, que contam a história dessa Dungeon e de seu criador, o demi-lich Acererak.

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Iniciativa 4e #23 – A Masmorra Quintessencial

E finalmente estamos de volta com mais uma Iniciativa 4E! Essa semana, iremos falar de algo que é 50% parte integral do D&D: as masmorras, ou, no original, as famigeradas Dungeons! Se você jogou D&D e nunca entrou numa dessas, cheia de monstros, corredores e salas, me desculpe, mas não jogou o D&D de verdade.

E por que as masmorras são tão importantes no contexto do Dungeons & Dragons? Porque elas são um local coeso, finito e fácil de lidar. Os encontros estão mais ou menos delimitados, você sabe onde começa e onde termina. Claro, pode ser bastante maçante se você nunca sair da Dungeon (quem jogou essa, como eu, sabe como é). Mas masmorras curtas, divertidas, e com encontros relevantes fazem do D&D seu passatempo favorito! Eu tentei usar somente material já publicado em Português, com adaptações.

Por isso, quero propor o que considero a Masmorra Quintessencial, que é fortemente influenciada pelo suplemento Dungeon Delve, da WotC. Ou seja, um template de dungeon que seja curta o suficiente para caber numa sessão de jogo de 3 horas, e que seja um check list para você verificar se essa dungeon não vai ser só um labirinto cheio de salas com ratos atrozes infernais.

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Dungeon de casa às vezes faz milagre

A imagem do post de segunda me deixou pensando em Dungeons. E, fazendo a edição do próximo podcast (nessa sexta sai, se o panteão colaborar), também lembrei de algumas dungeons clássicas que divertiram bastante os meus grupos. O que me fez escrever sobre as “Dungeons de casa”. O que seria isso?

Seriam aquelas dungeons que estão à mão, logo ali, pertinho do nosso Ponto de Luz. Acho que Waterdeep, em Forgotten Realms, é o melhor exemplo disso. Para se aventurar na Undermountain, basta ir até a taverna Yawning Portal e descer pelo fosso e bam! você já está explorando e sobrepujando perigos.

No World of Warcraft temos exemplos de dungeons assim nas duas fações, na Aliança e na Horda. E acho que ambas seriam excelentes sementes de aventuras com “Dungeons de casa”. Não vou fazer uma adaptação mais completa como fiz em Shadowfang Keep, mas você pode expandir as idéias abaixo, com ceteza.

Se você tiver uma cidade de bárbaros, ou orcs, minotauros, gnolls, tieflings ou qualquer raça mais selvagem ou demoníaca, pode encaixar uma dungeon como Ragefire Chasm, tirada direto de Orgrimmar, cidade Orc do WoW. Até mesmo em uma cidade anã funciona, e foi o que eu escolhi:

Ragefire Chasm

Ragefire ChasmHá cinco anos atrás, um dos anões mineiradores de Hammerfast descobriu um rio de lava que passava sob a cidade, já perto do núcleo vulcânico das Dawnforge Mountains. Habitavam no lugar criaturas infusas com o caos elemental, os Ragefire Troggs. Além disso, algumas criaturas elementais andavam errantes pelas galerias de lava. A entrada do lugar foi preservada, mas não foi usada, pois os anões preferiram evitar o conflito com os Troggs.

No entanto, a Lâmina Flamejante, uma coalizão de seguidores de Bane, faz um pacto com Oggleflint, o líder dos Troggs, para usar seu território para suas reuniões demoníacas. Os anões do clã FireBeard são aliados do conselho das sombras, e os financiam, levando suprimentos periodicamente para Ragefire Chasm.

Dizem que Marsinda Goldspinner, líder da guilda mercante e líder de facto de Hammerfast, sabe dessa aliança entre os o clã FireBeard  e a Lâmina Flamejante, mas ainda não desbandou o clã com o objetivo de descobrir quem são os líderes da coalizão. Ela sabe que eles estão ligados à Bane, mas não os líderes.

Os líderes atuais da Espada Flamejante que estão em Ragefire Chasm são:

  • Bazzalan, um satyr;
  • Taragaman the Hungerer, um demônio;
  • Jergosh, the Invoker, líder desta célula da Espada Flamejante;
  • Oggleflint, o trogg, de maneira honorária.

Jergosh é originalmente, no World of Warcraft, um orc, mas nesse caso ele seria um dos anões do clã Firebeard. Taragaman poderia ser uma variação do Bearded Devil (Barbazu) (MM, pág. 60), e Bazzalan pode usar as estatísticas do Legion Devil Hellguard (MM pág. 64). Os troggs, assim como seu líder Oggleflint,  são uma variação dos Trolls e merecem um post a parte. Você pode conferir o mapa de Ragefire Chasm no Wowwiki, se quiser.

Coloque uns elementais de fogo, umas armadilhas de lava ou gases e pronto: você tem a sua própria Dungeon caseira, do lado do quartel general dos PJs, ou, pelo menos, pertinho da taverna! Lembrem-se de votar na gente para o Best Blogs Brazil 2008 e rolem 20!

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Velha Guarda

Saiu um artigo excelente no site da Wizard of the Coast, falando sobre as caixas básicas de D&D de verões passados. Você pode ver como era o básico desde 1977, passando pelos outros, aproveitando que a WotC está lançando uma caixa básica para a 4ª edição também.

Mas o mais bacana foi ele colocarem PDF de dungeons antigas, incluindo dois níveis de uma Dungeon do Red Book de 1983. Eu tinha quatro anos!

Agora, o que pouca gente prestou atenção foi no stat block de um vilão clássico, Bargle, com versões para a 4ª edição de várias magias clássicas como Magic Missile, Fireball, Charm Person e Hold Person. Ficou muito da velha guarda, mas falando isso como um elogio! Aguardem que em breve vou roubar para colocar aqui em monstros meus!

Vou na onda deles e deixo uma enquete para o final de semana: qual foi seu primeiro D&D? Tentei colocar as opções mais comuns aqui no Brasil, mas se você é daqueles que começou com o Rules Cyclopeadia, comente aí! 😀

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Edit: Algum bom samaritano compartilhou a caixa branca original de 1974! Se você for registrado no Scribed, pode até fazer download dos livros, raríssimos e totalmente out-of-print. E, claro, muito Old School:

Rolem 20!

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Post Resenha

Scales of War II

Olá pessoal!

http://www.wizards.com/dnd/images/4e/du158_umbraforge.jpg
Shadowfell é um lugar bem sinistro

Talvez alguns de vocês devam ter lido a minha resenha sobre as primeiras aventuras do Adventure Path Scales of War, se não, e melhor começar lendo lá e depois ler por aqui, já que faço algumas referências à resenha anterior.

Bem, como vocês devem saber o primeira aventura do adventure path é um lixo, mas a segunda ficou muito bacana e graças a Bahamut essa última aventura também é bem massa, na verdade é a minha favorita das três.

Ela possui intriga, um plot interessante, cenas de investigação e NPCs e vilões massas. Quem é fã de dungeon crawl vai ficar meio desapontado, apesar de que existem vários combates interessantes (e alguns menos) não existe nenhuma dungeon comprida que leva toda a aventura para concluir. São pequenos lugares onde os personagens vão desbravando, seja uma casa ou um bairro.

A aventura segue muito do que aconteceu na segunda aventura, mas nada da primeira, é como se a primeira nunca tivesse existido (pelo menos por enquanto). O que me faz ter certeza de ignorar a primeira aventura e começar a campanha de nível 3 ou montar sua própria aventura que leve os jogadores até o nível 3.

Os mapas ficaram bem bonitos e existem várias fotos bem legais no meio da aventura. Isso é meio ruim para quem gosta de imprimir, mas eu prefiro com fotos. Principalmente de NPCs e vilões.

Os encontros estão bem equilibrados entre encontros  muito legais e imperdíveis e encontros sem muita graça. Eu acho interessante usar uns encontros sem muita graça, já que se todos os encontros forem muito bacanas vai perder um pouco a graça em ser especial. Os encontros legais possuem muitos Darkcreeps, uns monstrinhos que já viraram um dos meus favoritos, e combates com terrenos perigosos (lava nunca vai ficar semgraça).

Eu estou escrevendo uma aventura que “ficará” no lugar da primeira aventura do Path, quando tiver terminado de escrever vou colocá-la aqui para download. Ao invés dos problemas começarem em outra cidade, eles vão começar dentro de Overlook (a cidade onde a segunda e a terceira aventura se passa). Já preparei uns skill challenges que (na minha opnião) ficaram massa e quem tem problemas com eles poderão se inspirar na minha criação.

Rolem 20!