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Reporte de Campanha: Escamas Púrpuras Sessão 6

Sessão Escamas PúrpuraE no meio da Páscoa, nossos aventureiros voltaram a explorar as Thunderspire Mountains. Exilados de Cormyr, eles começam a descobrir que embaixo das montanhas existe uma sociedade completa (e complexa). Esse reporte contém spoilers da aventura H2 – Thunderspire Labyrinth.

O que é um reporte de campanha? É um post onde descrevo sucintamente os acontecimentos da última sessão, comentando os encontros e desencontros do grupo. Nossa aventura é em Forgotten Realms, usando o sistema do D&D 4ª edição. O nosso grupo acabou de passar para o nível 5 (nem todo mundo), e estamos na região oeste de Cormyr, nas montanhas.

A missão

Enquanto exilados nas Thunderspire Mountains, o grupo executa missões como uma compania mercenária. Com os Duegar do clã Grimmerzhul, pegaram a missão de encontrar Maldrik Scarmaker, o cultista Gnoll num antigo templo de testes de minotauros seguidores de Baphomet. Além disso, estão sendo perseguidos por um tal de Paldemar.

GnollO grupo

Nessa sessão, novamente tivemos o grupo completo:

  • Amos, anão fighter (Battlerage Vigor);
  • Calixto, eladrin warlord (Tactical Presence);
  • Calima, eladrin barda (Virtue of Cunning);
  • Laradorien, elfa druida (Primal Predator);
  • Wren, bugbear rogue (Brutal Scoundrel);

Encontros

  1. Depois da luta contra o já famigerado Phalagar, o grupo invade o coração do lar Gnoll, lutando contra um grupo de hienas, marauders e um houndmaster. Sem dificuldades aqui, e o grupo faz questão de chafurdar no cercado das hienas. Saem sujos de cocô de hiena, mas com uma Cloak of Protection +2;
  2. Continuam a exploração da dungeon, e chegam numa sala onde um Dire Boar é mantido preso para servir de alvo por alguns arqueiros gnolls, e algumas hienas mantém o javali ocupado. O grupo não tem a menor dó do porco gigante, e o matam junto com as hienas. Amos lidera a outra metade do grupo pela entrada sul e encurrala os arqueiros.
  3. Por fim, chegam na última sala desse lado do complexo, encontrando várias portas com símbolos de Baphomet, e dois Tieflings esperando alguma coisa. Eles dizem que estão lá à negócios, mas que podem ajudar os aventureiros em troca de espólios. O grupo concorda, sem confiar muito nos dois. Abrindo uma porta com o símbolo de Baphomet, encontram um altar para o demônio, e O Livro da Fúria Explícita, um dos quatro itens necessários para chamar o guardião. Ao tocar o livro, eles conjuram um Bargula, um demônio em forma de macaco, e chamam a atenção de um cultista Gnoll que estava recolhido. Ele clama os tiefling à lutar, mas o grupo vence os oponentes usando suas melhores técnicas. Eles bloqueiam a porta e descansam aqui.
  4. No meio do descanso, recebem a visita de um Imp, que ofere informações do local por dinheiro ou partes da alma dos PCs (pulsos de cura). O grupo oferece ambos, descobrindo mais sobre os quatro objetos que abrem a câmara interna, depois de vencido o Guardião;
  5. BaphometO grupo entra em uma sala com vários rastros de sangue, e aparecem três fantasmas de aventureiros. Os três foram mortos pelo guardião, mas desconfiam dos aventureiros. O grupo tenta convencê-los a ajudá-los, mas os dados não colaboram em nada e eles falham no desafio de perícia, e os fantasmas vão embora.
  6. A sala dos espelhos. Nessa sala, vários pilares com espelhos de bronze espalhados, cada um com um efeito diferente. Alguns só causavam dano, outros teleportavam as pessoas. Amos e Calima foram levados até uma sala sem saída, onde venceram um Gnoll já louco pelo isolamento, enquanto o resto do grupo cuidava dos espelhos e de alguns Bone Shard Skeletons, os esqueletos que explodem e responsáveis pela morte de Amos em aventuras passadas. Wren, o bugbear, quase morre. O grupo finalmente descobre que podem evitar os poderes dos espelhos fechando os olhos, e vencem as criaturas e quebram os espelhos. Encontram o segundo item, uma máscara, a Face de Baphomet.

Minhas observações

  • O grupo está invencível na porradaria, mas mostrou os pontos fracos: falharam no desafio de perícias (seis falhas!), e apanharam bastante quando tiveram que enfrentar armadilhas. A barda, que tinha bônus ultra-mega-muchkins de Diplomacia, praticamente não se pronunciou no encontro com os fantasmas.
  • O grupo também ignorou o Dire Boar, que pertencia à um morador da Seven-Pillared Hall e tinha recompensa, embora eles não tivessem descoberto isso no Seven-Pillared Hall. Além disso, o javali servia como montaria para um dos membros do grupo até o final dessa dungeon.
  • Mas o grupo não foi besta e não caíram no papinho furado dos Tieflings. Eles até poderiam ser comprados com subornos, mas como em combate o grupo está realmente eficaz, preferiram quebrar a cara deles!
  • Os testes finais e o guardião vão ficar para a sessão no feriado que vai ser muito massa!!

Estou me divertindo pacas com essa aventura. Eu não tinha me impressionado muito com a H2 quando eu passei o olho pela primeira vez, mas ela tem vários encontros interessantes.

E vocês? Gostam de exploração de Dungeons ou acham isso old-school demais? Rolem 20!

Por Daniel Anand

Daniel Anand, engenheiro, pai de gêmeas e velho da Internet. Seu primeiro de RPG foi o GURPS Módulo Básico, 3a edição, 1994. De lá para cá, jogou e mestrou um pouco de tudo, incluindo AD&D, Star Wars d6, Call of Chuthulu, Vampire, GURPS, Werewolf, DC Comics (MEGS), D&D 3-4-5e, d20 Modern, Star Wars d20, Marvel Superheroes, Dragonlance SAGA, Startrek, Alternity, Dread, Ars Magica, 13th Age e atualmente mestro Pathfinder 2E. @dsaraujo no twitter

19 respostas em “Reporte de Campanha: Escamas Púrpuras Sessão 6”

Explorar Dungeons é legal, mas só quando existe um "história da dungeon" pra se descobrir e tal, se for simplesmente "entrar na sala, matar o monstro e pegar os espólios" não tem muita graça (pelo menos pra mim).

Eu comprei essa aventura, mas ainda não parei para dar uma olhada, esses reportes de campanha no labirinto tão me deixando bem empolgado para ler a aventura com atenção.

o problema é que explorar dungeon sempre pode abusar um pouco…

Por isso eu faço sempre um esquema zelda… dungeons de vários ambientes diferentes, xD

Bando de Fantasmas SÁDICOS do inferno!!!! Se eu achar os ossos desses aventureiros mal amados eu vou chutar e quebrar todos!

Acho que meu grande problema com a Calima é q ainda não consegui achar o tom personalidade dela é o q acontece comigo qdo é o mestre que monta a ficha da pc hahaha. Uma coisa ficou clara a Caliste é a gêmea dominante aqui, hehe.

Ah, nesse ponto eu sou bem old-school mesmo, adoro um bom dungeon crawl sem pé nem cabeça.

Pra D&D eu prefiro recorrer às dungeons quase sempre. O que tem acontecido na 4E é que minhas dungeons têm diminuido de tamanho. Ao invés de um grande aventura dentro de uma dungeon geralmente temos uma aventura com duas dungeons menores e uma parte "a céu aberto" entre elas.

quando vocês jogam com ele, a Dungeon inteira vocês fazem nesse mapa quadriculado?,pois o meu é mais ou menos igual, e eu não consigo fazer a dg nele inteira.

Não, em geral é o espaço para um encontro, o que significa, geralmente, de uma a três salas, com pequenas adjacencias. Mas as vezes uso tiles também.

A reformulada que deram no combate pra 4ed deixou tudo bem mais divertido, pra aquele grupo que se juntou agora e tal, acaba se tornando um jeito de fazer os jogadores começarem a criar amizades e até mesmo começar a treinar as táticas em equipe pra chegar afiado pra capar o big boss no fim da dungeon.

Isso é legal da 4e, todos os jogadores e personagens são necessários. Então realmente cria-se um vinculo com o jogo e o grupo. O mago precisa ir lá jogar, porque se aparecer um swarm ou minions o grupo tá ferrado. O clérigo precisa curar. Se o guerreiro não defender não tem jogo! O que seria do grupo se o rogue não acabasse rapidamente com os strikers.

Essa necessidade de todos na mesa empolga muito, o mestre pode mestrar para todos, e todos se sentem importantes.

E o bacana é que desde os primeiros níveis a gente já sente a necessidade dessas roles no combate. Talvez nos níveis mais altos as classes de controler já consigam por si só dar conta de tudo (O que era o pecado mor das edições anteriores), mas aqui na minha mesa o pessoal ainda tá no heroic, apanhando pra matar goblin.
E uma coisa que eu notei, um Swordmage faz muito bem o papel de Defender+Striker, achei a classe bem over power, pelo menos aqui na minha mesa é, e isso porque estamos sem striker no momento.

Muito massa a dungeon…
Não conheço essa aventura, mas já deu ótimas idéia para usar na campanha.

[]'s

Olá Anand!
Tem como passar um tutorial de como fazer esse mapa quadriculado? tentei fazer um aqui mas não deu certo… na primeira vez que a gente usou ele rasgou! e nem ficou parecido com esse seu!
Valeu!
Os reportes da campanha estão muito bom…. a do circulo foi fantástica!

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