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O que espero dos meus jogadores

Atualmente tenho lido e ouvido muitas dicas de como ser um bom mestre, o que é ser um bom mestre, etc. Então queria dividir aqui com vocês o que eu espero dos meus jogadores.

Nem tudo se aplica ao mesmo tempo: algumas coisas só se aplicam a jogos presenciais, por exemplo. Mas acho que resume o que penso de mestrar, e porque eu ainda gosto tanto de ser o DM. Eu adoraria ver posts similares do Gustavo, do Davi e do Ranger Daniel!

Trabalho dividido

Eu acho que o mestre tem que dividir o trabalho de contar a história. Por exemplo, eu acredito que é responsabilidade do jogador de apresentar ligações do seu personagem com os demais. Também é de responsabilidade deles buscar conexões de seus personagens com o cenário de campanha, com o meu suporte.

Também é função dos jogadores perguntar, querer saber mais, e ser pro-ativo na exploração do cenário. Porque aí meu trabalho é expandir o jogo para o lado certo, e manter o interesse da mesa. Numa mesa ideal eu nunca precisaria perguntar: “E aí, o que vão fazer?”; o grupo já se adianta em propor os próximos passos da aventura. A minha responsabilidade é conduzi-los até onde eles querem ir.

Investimento

No meu jeito de mestrar, tem que ter investimento do jogador. Mas não é fazendo background. Aliás, não me passe mais de uma página de background porque não vou ler: a história é feita em conjunto, e não toda antes do jogo. O investimento acontece no jogo e entre sessões, e é divida em vários aspectos:

1. Foco

Se eu estou 100% focado no jogo, o jogador precisa me dar pelo menos uns 90%. Se você abrir o Facebook numa cena onde o seu personagem está presente, acho uma falta de respeito com o grupo. E não é simplemente não pegar o celular: é prestar a atenção, se involver, interagir.

2. Tempo

Você precisa investir tempo entre as sessões. Não é muito, não. Uns 15-30 minutos no total. Seja para atualizar sua ficha quando passou de nível, seja para ler as regras do seu novo feat, ou mesmo pensar num novo sub-plot que seria bacana. Não dá pra achar que o jogo termina ali e só começa de novo na próxima sessão.

treasure3. Dinheiro

Sim, você também precisa de investir no jogo. Seja comprando livros, dados, miniaturas, comida, bebida, o que for. Se for comprar livros, você pode dar eles de presente para o mestre, mas se não for fazer, vai precisar os ler também (ver #2).

Feedback

Eu gosto muito de feedback. Como falei no episódio de tipos de jogadores, eu mandava formulários de satisfação no final de cada sessão na minha primeira campanha de Tyranny of Dragons. Então, me fale o que você, como jogador, está gostando e, principalmente, o que acha que não está funcionando. Fique tranquilo que não tem drama comigo. Se for reclamar de outro jogador… aí provavelmente tem. 😀

E vocês? O que esperam dos jogadores?

 

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Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito?

Continuando a responder as trinta perguntas, a pergunta de hoje é “Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito?” Essa pergunta foi meio difícil pra mim, porque fiquei entre duas. Como a primeira é meio óbvia, coloco as duas por aqui.

4edmscreen

Meu primeiro acessório favorito de mestre é o escudo do mestre, ou DM Screen. Ele é meu favorito por uma série de motivos. Eu gosto do fator colecionador, já que tenho pelo menos uns 10 screens diferentes. Só de D&D, tenho de Forgotten, de Eberron, da terceira edição, da terceira edição premium, do AD&D, do AD&D da Abril, da quarta, um de dragonlance, e por aí vai. Tem uma coisa nostálgica em colocar um screen na mesa.

Mas tenho que confesar que não gosto, na prática, de colocar o escudo na minha frente. Acho que ele cria uma barreira (física e emocional) entre o mestre e os jogadores. A coisa melhorou quando começaram os screens horizontais (que dá pra ver a cara do mestre) ou os mini-screens (como o do Old Dragon, bem bacana). Mas na real o que eu faço é deixar o screen à mão, mas sem colocá-lo de pé. E aí sim, acho útil, mas depende do screen. Às vezes é preciso colocar uns Post-Its™ com detalhes adicionais (o Tio Nitro é mestre nisso). Também gostava, no D&D, de deixar o screen de pé e pendurar papéis com os nomes dos personagens para controlar iniciativa.

Um debate relativo ao screen é rolar aberto versus rolar fechado, que vai ser assunto de um próximo post ainda dentro da lista de perguntas.

index-cardsMas, tirando esse acessório óbvio, meu segundo acessório favorito são cartões, ou fichas pautadas. Amo. E uso muito. Seja com stats de monstros, idéias de ganchos de aventuras, rascunho para nomes de NPCs e tavernas inventadas na horas, acho que fichas pautadas é a ferramenta principal que uso ao mestrar. Mesmo minha recente campanha de 13th Age, que mestro online usando o Roll20, eu uso fichas com anotações de frente ao computador.

Claro, não precisaria ser cartões, poderia ser um caderno, por exemplo. Mas acho que os cartões são menores, ocupam menos espaço, posso jogar fora os que não for usar mais, e é mais fácil de levar por aí. Também posso usar cartões coloridos e já ter uma categorização pronta. Para os mestres digitais, o newbie DM deu essa dica para usar iPads.

E vocês? Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito? Rolem 20!

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Que dica você daria para o um mestre de primeira viagem?

phbRespondendo a primeira pergunta do meu desafio de 30 dias, que dica eu daria para o um mestre de primeira viagem:

Olhando para trás na minha própria história como DM, do AD&D Segunda edição, dessa capa aí do lado, lá em idos de 1992, acho que a melhor dica para quem está começando é entender que a história da suas aventuras, da sua campanha, do seu cenário, não é sua de verdade. É dos seus jogadores. Um mestre feliz não é aquele que vê sua história se desdobrando. Um mestre feliz é aquele que vê os jogadores se divertindo à beça no contexto que ele propôs.

Por não ter recebido essa dica, muitas vezes tomei decisões na nossa campanha que, na minha cabeça, fazia uma história mais legal, mas na percepção dos jogadores, era só visto como pura maldade. Talvez meus jogadores de 13th Age, ainda hoje, percebam os desdobramentos disso. 🙂

E vocês? Que dica dariam para os mestres iniciantes? E rolem 20!

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30 dias do desafio dos mestres

DragonEstá rolando um meme na gringa de fazer 30 dias de desafio para os mestres de RPG, respondendo uma lista de trinta perguntas. E me propus então responder essas perguntas aqui no Rolando 20. Segue abaixo as perguntas:

PARTE I: PREPARAÇÃO

  1. Que dica você daria para o um mestre de primeira viagem?
  2. Qual sua ferramenta ou acessório de mestre favorito?
  3. Como você encontra jogadores?
  4. Você usa aventuras prontas ou escreve as suas?
  5. Que inspiração você puxa de outros jogos, livros, filmes, etc?
  6. Criação de mundo – qual é o seu processo?
  7. Como você se prepara para um início de campanha?
  8. Como você se prepara para cada sessão?
  9. Dever de casa dos jogadores: o que você pede para seus jogadores antes e entre sessões?
  10. Quais suas dicas para uma mesa com pouca/nenhuma preparação?

PARTE II: NA SESSÃO

  1. House rules: quais suas regras da casa comuns?
  2. Regras da mesa: como manter os jogadores focadas no jogo?
  3. Crescendo os desafios: como você balancea encontros?
  4. Como você facilita o combate? Dicas, ferramentas, técnicas?
  5. Vilões memoráveis: como introduzir e utilizar o(s) antagonista(s) numa narrativa contínua?
  6. Investigação e mistério: como você usa boatos, pistas e mantém a tensão no ar?
  7. Estrutura e tempo: como você usa flashbacks, cut scenes, narrativas paralelas em seu jogo?
  8. Como você lida com recompensas, seja XP, itens mágicos ou ouro?
  9. Qual foi sua pior sessão e por que?
  10. Qual foi sua melhor sessão e por que?

PARTE III: META

  1. Qual seus livros favoritos sobre mestrar?
  2. Qual a melhor dica que você pegou de uma mídia totalmente diferente?
  3. Quais efeitos as mecânicas tem na história?
  4. Cânone versus universo alternativo versus cenário original. Qual as vantagens e desvantagens de cada?
  5. Jogadores problemas e dramas. Qual sua história de horror de RPG e como você resolveu?
  6. Mestres são mal jogadores? Como você joga quando não está por trás das câmeras?
  7. Você já mestrou cooperativamente com outro mestre?
  8. Como você mestra online?
  9. Como você vende um jogo quando está fazendo um demo ou mestrando num evento?
  10. Como podemos crescer o hobby?

A medida que for postando, vou colocando os links nesse post. Não vai ser um por dia! Se você tem um blog, participe também!

Até!

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Feliz dia do Mestre!

Gary Gygax, pai do RPG!Existe um movimento lá na gringa de oficializar entre os RPGistas o dia 4 de Março como o GM’s Day, o dia do Mestre/DM/Narrador. Claro que o grande objetivo é comercial, mas até aí, dia dos pais, das crianças, dos namorados e etc. todos são também certo? O que não signifique que você não pode aproveitar um dia do ano para lembrar de quem está sempre pronto para esfolar seu personagem favorito, nem que seja com um bolo de chocolate em forma de d20!

O que fazer nesse dia? A melhor coisa é dar um presente para seu querido DM. Se fizer direito, dá até pra ganhar uns pontos de experiência extra! Brincadeiras à parte, o melhor presente seria, claro, um livro ou suplemento, se você puder. Mas mesmo que a grana esteja curta, existem outras opções.

Você pode, por exemplo, finalmente entregar aquele background do seu PdJ/Ordem/Classe. Ou, se você tem dons artísticos, faça um desenho bacana do grupo, ou mesmo daquele NPC que ele adora. Ou mesmo crie um blog ou página na Internet para descrever a campanha que ele faz questão de preparar toda semana, tenho certeza que ele vai ser um mestre mais feliz, e (quem sabe) pode até colocar um Beholder a menos na próxima sala da dungeon.

A ENWorld listou as empresas que estão fazendo promoções nesse dia do mestre. Apesar do dólar estar indo para, como diria o Super-homem das antigas, para o alto e avante, de repende você pode quebrar o porquinho e surpreender. Também listei outras opções diversas.

Mais alguma sugestão?