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Reporte de sessão: Escamas Púrpuras Sessão 10

Olá Jogadores e DMs!

Depois da surra do Lich, os membros do esquadrão de elite de Cormyr, os Escamas Púrpuras, agora enfrentam seus substitutos oficiais da coroa, os Presas de Dragão. Os tambores de guerra começam a soar mais alto na região!

O que é um reporte de campanha? É um post onde descrevo sucintamente os acontecimentos da última sessão, comentando os encontros e desencontros do grupo. Nossa aventura é em Forgotten Realms, usando o sistema do D&D 4ª edição. O nosso grupo está nos níveis 7-8. Estamos na região de Cormyr, mas passeando atualmente pelo império de Netheril.

A missão

Erzoured Obaskyr, o sobrinho do rei Foril de Cormyr, conseguiu aliados entre os shadovars do império de Netheril, e conseguiu manipular os Dragões Púrpura (o exército do reino) a marchar contra Thay, o império necromante. Com isso, espera deixar aberta as defesas contra Netheril, que invadiria o reino e o deixaria nas mãos de Erzoured.

O líder exilado do esquadrão de elite de Cormyr, Coronel Edward Jacobs, e seus operativos, tentam evitar isso com uma manobra arriscada, chamando a atenção do Lich Ter’zhul. A missão falhou, e o grupo ainda se tornou alvo dos Presas de Dragão, o novo esquadrão de elite do reino, formado por Dragões Púrpuras e Magos de Cormyr selecionados à dedo, mas que respondem direto à Enzoured.

O grupo

Na sessão dez tivemos um grupo parcial, e Lara só participou dos dois últimos encontros:

  • Amos, anão fighter (Battlerage Vigor);
  • Calixto, eladrin warlord (Tactical Presence);
  • Gwynd, genasi (água) swordmage (Aegis of Assault);
  • Laradorien, elfa druida (Primal Predator);
  • Wren, bugbear rogue (Brutal Scoundrel);

Encontros

  1. Depois da surra, saindo da torre com o rabo entre as pernas, o grupo encontra Keira, a arqueira, morta com uma garra de dragão perfurando seu tórax. Uma mensagem dos Garras de Dragão, o novo grupo de elite de Cormyr, chamava o grupo para um encontro. Eles também levaram o garoto drow, da missão de Wren. Eles seguem os  rastros dos humanos, que atravessaram a floresta e o pântano. Antes disso, tiram as peles dos basiliscos que ainda estavam por ali.

  2. Resolvem descansar (extended rest) por ali mesmo. Dei uma chance de 10% de aparecerem monstros atraídos pelo cheiro da pele tirada dos basiliscos e adivinhem? Duas Displacer Beasts apareceram para atazanar a vida dos PCs, que mal tinham pulsos de cura!
  3. No dia seguinte, depois de curarem quase todos os pulsos de cura (dei uma penalidade pela noite mal-dormida), seguem pela floresta. Lá são emboscados por Sátiros e um Owlbear. Um dos sátiros, tocando uma flauta, conseguia deixar quase todo o grupo dazed, o que deixou a luta complicada.
  4. Mais tarde, ao chegarem na região mais pantanosa, se aproximam de um antigo cemitério desconhecido. Alguns PCs vêem globos de luz vagando por ali, e as suspeitas se confirmam: Will O’Wisps! O problema foi que eles chamaram o Feymire Crocodile amigão deles, que engoliu Amos na segunda rodada do combate. Rodada após rodada, foi todo mundo se virando para escapar de virar o próximo McNugget! Amos, com sua regeneração e um poço de PV, sobreviveu até o bicho ser vencido, e escapou de dentro do bicho vivo.
  5. Por fim, encontram o grupo de humanos de Cormyr em umas ruínas abandonadas no meio da floresta. Eles pedem que os escamas púrpuras se rendam, e serão levados para a capital para serem presos e julgados apropriadamente. Eles também dizem que já prenderam o líder dos escamas, o Coronel Edward Jacobs. Até começa um princípio de diplomacia, mas o escamas não querem saber disso: o pau comeu! No lado dos oponentes, um meio-elfo con artist dominou a mente de alguns PCs, e o War Wizard mandou várias fireballs eficientes, mas no final, só Wren tinha caído. O mago ainda tentou uma trégua e pediu por sua vida, sem sucesso. O futuro dos Escamas Púrpuras agora é incerto, mas eles recuperaram o garoto drow.

Meus comentários

  • A luta contra as Displacer Beasts só aconteceria se o grupo tirasse 1 ou 2 no dado. Adivinha?! 😉
  • Owlbear é um clássico, e gostei da versão dele na 4e. Ele deixa todo mundo adjacente stunned quando fica sangrando, mó massa.
  • Até eu já estou enjoando desse monte de hack-and-slash, mas teve uma situação engraçada. Uma hora que estavam fuzilando os monstros, o jogador da druida pediu que eu descrevesse a ação do sátiro e eu, meio bravo, falei: “Não vou descrever p**** nenhuma!”. Pronto. Era isso que eu ouviria até o fim da sessão se eu pedisse uma descrição de ação!! 😀
  • Tenho várias cartas na manga, mas o futuro para o grupo é incerto. DMs sádicos leitores do Rolando 20, o que vocês acham que eu deveria fazer com o grupo?

Bom final de semana à todos, não se esqueçam de visitar o novo blog Paragons, e de se preparar para a RPGCon que é final de semana que vem! Rolem 20!

Por Daniel Anand

Daniel Anand, engenheiro, pai de gêmeas e velho da Internet. Seu primeiro de RPG foi o GURPS Módulo Básico, 3a edição, 1994. De lá para cá, jogou e mestrou um pouco de tudo, incluindo AD&D, Star Wars d6, Call of Chuthulu, Vampire, GURPS, Werewolf, DC Comics (MEGS), D&D 3-4-5e, d20 Modern, Star Wars d20, Marvel Superheroes, Dragonlance SAGA, Startrek, Alternity, Dread, Ars Magica, 13th Age e atualmente mestro Pathfinder 2E. @dsaraujo no twitter

19 respostas em “Reporte de sessão: Escamas Púrpuras Sessão 10”

Gosto dos reportes de campanha, principalmente agora q vou ficar esse mês afastada, eles me mantem informada das confusões em q o grupo se encontra. Já to sentido falta de jogar e chegar no nivel de paragon, hehe.

Anand, tenho uma sugestão do rumo da história(mas devo dizer que achei a idéia do severo interesante)…

Minha sugestão é, não afastar eles de Cormyr, mas sim obrigá-los a estar na cidade. Eles tem que desmascarar o sobrinho do rei e impedir que ele de uma brecha para Netheril acabar com Cormyr. Mas ficar frustrando os planos do garoto não vai impedí-lo de tramar novos. Sugiro alguma informação que o grupo receba de um novo plano do sobrinho.

Eles terão que desmascarar o sobrinho antes dele assumir o trono com um golpe de estado(por exemplo, seja o rei estando doente e o sobrinho mandar sequestrar o filho e anunciar sua morte). Só que o interessante é que para impedir este golpe o grupo será conduzido numa investigação(ta ai uma idéia de Skill Challenge que vi apenas em uma Dungeon Magazine, mas outros exemplos seriam bem legais) para descobrir os NPCs chave neste golpe e matá-los, impedí-los , desmacará-los ou qualquer outro tipo de desfecho que venha a se adequar melhor a história. Assim mostrando a ligação do sujeito com o sobrinho o golpe seria impedido e o grupo salvo das acusações.

O bom de uma história assim é que envolve muito mais roleplay do que Hack-and-Slash, e proporciona um bom uso das perícias.

Já tivemos uma sessão sem líderes, e desta vez tivemos uma sem personagens "ranged". A coisa mais próxima disso era eu, pobrezinho bugbear com um mega alvo pintado nas costas!

A aventura foi bem legal, até o final do último encontro, que acabou em tragédia/comédia com o último inimigo correndo atrás do corpo inconsciente do bugbear para tentar matá-lo enquanto o resto do grupo tentava derrubá-lo sem sucesso por 4 rounds até que conseguiram!

Não recomendo para ningúem a sensação de ser perseguido até a morte depois de caído, sem poder fazer absolutamente nada hehe…

Agora pretendo entregar logo o moleque Drow para me livrar desse fardo e depois ir para seja lá onde for que o anão precise ir para ficar de bem com seu deus.

Também chegamos (eu e o anão) no nível 8 agora, e tivemos um incrível pulo nas nossas habilidades, que espero poder aproveitar um pouco sem que os desafios aumentem proporcionalmente por um tempo! 😀

Até retreinei meu at-will para pegar Riposte Strike. Como SEMPRE apanho, pelo menos vou bater mais enquanto isso de agora em diante. Se o inimigo estiver marcado, vai apanhar de mim e do tanque, então talvez pense duas vezes.

Cara, isso me lembrou o último jogo de D&D que mestrei. Logo no início , o bardo (e único Leader) tomou uma coça da Mantícora e dos goblins arqueiros, o que o levou a zero hp.

Quatro rodadas depois, finalmente alguém tem a presença de espírito de colocar uma poção de cura goela abaixo do bardo, que levanta todo cambaleante e fraco. No round seguinte, um goblin arqueiro que tava esquecido lá trás não tem dúvidas: meteu um tiro nas costas do bardo, que cai de novo!

O mais engraçado é que grupo tava se f**endo pela falta do leader. Mas ao menos, antes de cair, o bardo mandou a dailey dele que dá HP toda vez que um aliado acerta o alvo da dailey. E depois de ver o bardo caido pela segunda vez, não resisti e dei a seguinte sugestão: "arremessa o bardo contra a Mantícora – se acerta, ele ganha HP igual ao CHA!" xD

Gente, estou tendo muito problema pra dar reply usando o Firefox, tanto aqui em casa, quanto no trabalho.

Para postar aqui tive que usar o IE. Sou apenas eu ou mais alguém anda tendo esse problema?

Anand, faz o seguinte: se o grupo agora é procurado pela justiça de Cormyr, faça isso ser levado até as últimas consequencias. Bota recompensa pelas cabeças deles!

Agora os caras vão ter que se preocupar não só com monstros em áreas abertas, mas também com a chance de serem reconhecidos e denunciados se quiserem passar as noites em cidades mais "seguras". Faz isso durante um tempo, mas não precisa ser toda hora, afinal não será de imediato que os rostos deles ficarão famosos por toda parte. Provavelmente quanto mais distante da capital, mais díficil das notícias sobre sua condição de foras-da-lei chegarem até os recônditos do país.

Isso provavelmente os forçará a abandonar Cormyr por um tempo, buscando o auxílio de alguém de fora do jogo político/militar que está rolando atualmente em Suzail. Talvez eles se desesperem o suficiente para tentar receber conselhos de um tal "velho mago louco" que mora no Vale das Sombras, ou talvez queiram arriscar a sorte procurando ajuda de algum nobre em Águas Profundas, que estará desejoso de conseguir um favor dos aventureiros a ser cobrado no momento mais inoportuno e difícil possível.

Nesse aspecto, deixo sua imaginação assumir as melhores opções para fazer os jogadores se envolverem mais em encontros não combativos e estimular um pouco do lado roleplay do jogo!

É uma idéia, mas isso eles devem fazer de qualquer jeito resolvendo os sub-plots: Wren vai levar o moleque para os drow, e Amos vai buscar a armadura sagrada de Moradin.

É uma idéia, mas isso eles devem fazer de qualquer jeito resolvendo os sub-plots: Wren vai levar o moleque para os drow, e Amos vai buscar a armadura sagrada de Moradin.

Curti, valeu a sugestão!

Não estou dizendo que o grupo deva esquecer a resolução de todos os plots que ainda estão em aberto na mesa, apenas que com as cabeças a prêmio as suas missões ficarão mais difíceis de serem solucionadas na base da porrada.

A idéia seria fazer eles agirem como o núcleo de uma força de resistência contra o governo do sobrinho de Foril, talvez nos moldes da Resistência Francesa durante a segunda Guerra Mundial, ou o bando de Robin Hood, sei lá.

O que interessa é fazer com que eles ajam de maneira mais sutil, furtiva, fazendo uso de jogadas diplomáticas e/ou engodos para atrapalhar o andamento dos planos de conquista do usurpador!

Quero ver quando encontrarem uns pobres de uns soldados genéricos de Cormyr. Por enquanto encontraram uns mercenários malditos, mas será que eles vão matar soldados inocentes de Cormyr quando chegar a hora?

Eu sugeriria usar e abusar mais da nobreza Cormyreana. Eles poderiam arrumar aliados entre os nobres amigos da Coroa, e inimigos entre aqueles que acham que sua linhagem é muito melhor que a Obaskyr, como membros dos Bleths e dos Cormaerils.
Sem falar nos Fire Knives. Baseado nisso, poderia usar muito os Fire Knives como oposição direta aos pcs. Fuça no Lords of Darkness (o 3.0, não o 2nd Edition0 para pegar uns ganchos pra plots e subplots. 😀

Boas idéias também, mas acho que vou explorar mais esse lado nos Paragons para frente. Além disso, o jogo não vai ficar muito político não, que não é esse nosso objetivo, a gente quer mais é estar na linha de frente. Mas envolver-se com a nobreza é um lado.

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